segunda-feira, 8 de abril de 2013

Órgãos Endócrinos

O sistema endócrino, em conjunto com o sistema nervoso, regula e controla todas as funções do organismo. Só para citar alguns poucos exemplos, o sistema endócrino atua no crescimento de tecidos, no equilíbrio hídrico do corpo, na reprodução e no metabolismo de carboidratos. Ele é formado por uma série de glândulas, chamadas de glândulas endócrinas.

As glândulas endócrinas secretam os hormônios, substâncias que são lançadas na corrente sanguínea, atingindo as células dos diversos tecidos do corpo humano. Os hormônios podem estimular ou inibir as funções metabólicas. Cada hormônio atua apenas sobre algumas células específicas, são as chamadas células-alvo. Alguns hormônios também atuam em conjunto ou em oposição a outros.

As principais glândulas endócrinas humanas são: a pineal, a hipófise, a tireoide, as paratireoides, as suprarrenais, o pâncreas, os ovários (nas fêmeas) e os testículos (nos machos). Agora veremos um pouco sobre as funções e os hormônios secretados por cada uma delas.

Pineal

A pineal é uma pequena glândula situada no centro do cérebro. Sua principal função é o controle dos ciclos diários de sono e vigília. Durante a noite, a escuridão estimula a secreção de um hormônio da pineal, a melatonina, que induz ao sono. Já a claridade inibe a produção de melatonina.


Hipotálamo

Localizado no cérebro diretamente acima da hipófise, é conhecido por exercer controle sobre ela por meios de conexões neurais e substâncias semelhantes a hormônios chamados fatores desencadeadores (ou de liberação), o meio pelo qual o sistema nervoso controla o comportamento sexual via sistema endócrino.

O hipotálamo estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), que atuam sobre as gônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais na corrente sanguínea. Na fêmea a glândula-alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário; no macho, são os testículos. Os hormônios gonadais são detectados pela pituitária e pelo hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônio pituitário, por feed-back.

Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e está subordinada, por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o sistema endócrino é subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o mediador entre esses dois sistemas.

O hipotálamo também produz outros fatores de liberação que atuam sobre a adeno-hipófise, estimulando ou inibindo suas secreções. Produz também os hormônios ocitocina e ADH (antidiurético), armazenados e secretados pela neuro-hipófise.





Hipófise

A hipófise, ou pituitária, é uma pequena glândula, situada sob o encéfalo e ligada ao hipotálamo. Além de controlar diretamente diversas funções metabólicas, a hipófise também estimula ou inibe a ação de outras glândulas. Ela é dividida em duas regiões, uma posterior, chamada de neuro-hipófise, e outra anterior, a adeno-hipófise.

A neuro-hipófise secreta principalmente dois hormônios: a ocitocina e o hormônio antidiurético (ADH). A ocitocina atua sobre o útero, promovendo as contrações do parto, e sobre as glândulas mamárias, estimulando a secreção do leite. O ADH controla o equilíbrio hídrico do organismo. Ele atua sobre os rins aumentando a reabsorção de líquidos.

A adeno-hipófise secreta diversos hormônios. Alguns deles são: a somatotrofina (GH), o hormônio folículo estimulante (FSH), o hormônio luteinizante (LH), a prolactina e o hormônio tireotrófico (TSH).

A somatotrofina estimula a multiplicação celular e o desenvolvimento de tecidos. Consequentemente, o GH estimula o crescimento do corpo, sendo, por isso, conhecido também como "hormônio do crescimento".

Nas fêmeas, o FSH atua sobre os ovários, promovendo o amadurecimento dos folículos e estimulando a liberação de estrogênio. Nos machos, o FSH atua sobre os testículos, estimulando a produção de testosterona.

O LH estimula a ovulação nas fêmeas e a produção de testosterona nos machos. A prolactina atua sobre as glândulas mamárias, estimulando a produção de leite após o parto. O TSH atua sobre a tireoide, outra glândula do sistema endócrino, regulando a sua atividade.

Tireoide

Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do controle da concentração sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.

Paratireóides



São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região posterior da tireóide. Secretam o paratormônio, que estimula a remoção de cálcio da matriz óssea (o qual passa para o plasma sangüíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a concentração de cálcio no sangue. Neste contexto, o cálcio é importante na contração muscular, na coagulação sangüínea e na excitabilidade das células nervosas. 

Adrenais

As glândulas suprarrenais, ou adrenais, estão localizadas sobre os rins. Internamente, são divididas em duas regiões, uma externa, o córtex adrenal, e outra interna, amedula adrenal.

Dois dos principais hormônios secretados pelo córtex adrenal são o cortisol e a aldesterona. Ambos são derivados do colesterol e, por isso, são chamados de esteroides. A principal função do cortisol é regular a permeabilidades dos capilares sanguíneos. Já a aldesterona atua sobre os rins, aumentado a absorção de sais durante o processo de filtração do sangue.

Os principais hormônios secretados pela medula adrenal são a adrenalina e a noradrenalina. A adrenalina prepara o organismo para situações de perigo ou estresse. Entre outros efeitos, ela aumenta os batimentos cardíacos e a pressão arterial, preparando o animal para uma reação rápida. A noradrenalina controla a pressão sanguínea do corpo.

Pâncreas

O pâncreas é uma glândula mista localizada na região abdominal. Ele é chamado de glândula mista pelo fato de possuir tanto funções endócrinas quanto exócrinas. A função endócrina é realizada por diversos conjuntos de células chamadas de ilhotas de Langerhans.

Dois dos principais hormônios produzidos pelas ilhotas de Langerhans são a insulina e o glucagon, ambos relacionados ao controle da concentração de glicose no sangue. A insulina estimula a absorção da glicose presente no sangue e o seu armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. Já o glucagon estimula o aumento da concentração de glicose no sangue e a quebra do glicogênio.

A deficiência de insulina provoca uma doença conhecida como diabete melito. A baixa concentração de insulina dificulta a absorção de glicose, afetando o metabolismo celular e, consequentemente, provocando um aumento dessa substância no sangue.

Ovários

Os ovários secretam os hormônios sexuais femininos, o estrógeno e a progesterona. O estrógeno, entre outras funções, está relacionado ao ciclo menstrual e ao desenvolvimento de características sexuais secundárias. A progesterona promove alterações necessárias para a manutenção de uma possível gravidez. No útero, por exemplo, o hormônio promove a formação do endométrio, tecido sobre o qual o embrião se fixa.

Testículos

Os testículos secretam o hormônio sexual masculino, a testosterona. Este hormônio, entre outras funções, promove o desenvolvimento de características sexuais secundárias.


Secreção dos mensageiros químicos
Em muitos locais do nosso organismo, a comunicação entre as células é mediada pela secreção de um mensageiro químico, que ativam células pela interação com receptores específicos. Segundo alguns autores, tais secreções podem ser de quatro tipos:
  • Secreção autócrina ocorre quando uma célula secreta um mensageiro químico para atuar em seus próprios receptores, como por exemplo a produção do fator de crescimento epidérmico.
  • Secreção parácrina os mensageiros químicos atuam sobre células adjacentes, sendo este um modo se ação de muitas células do sistema neuroendócrino difuso.
  • Secreção endócrina é a secreção de mensageiros químicos (hormônios) para a corrente circulatória, atuando sobre tecidos distantes.
  • Secreção sinápticas se refere à comunicação por contato estrutural direto de um neurônio com a outra por meio de sinapses, estando esta restrita ao sistema nervoso.



Há ainda a secreção neuroendócrina, onde o neurônio produz secreção que ganha os vasos sanguíneos para atingir a célula-alvo.






Com relação a classe molecular, os mensageiros químicos podem ser:
  • Derivados de aminoácidos(ex.: adrenalina, noradrenalina, tiroxina).
  • Pequenos peptídeos(ex.: encefalina, vasopressina, fator de liberação do hormônio da tireóide).
  • Proteínas(ex.: fator de crescimento epidérmico, paratormônio, hormônio estimulador da tireóide).
  • Esteróides(ex.: cortisol, progesterona, estradiol, testosterona).








Dentes

Os dentes são  estruturas implantadas no maxilar e na mandíbula, relacionados à preensão, ao corte e a trituração de alimentos. Alternativamente, os dentes são utilizados por muitos animais como instrumentos de autodefesa ou de ataque. Podem ser classificados:

  • Quanto a forma: homodontes (todos os dentes da boca são iguais) e heterodontes (os dentes na arcada são diferentes e cada um desempenha uma função).
  • Quanto ao número de fileiras dentárias: polifiodontes (várias fileiras de dentes) e difiodontes (duas fileiras de dentes).

  • Quanto à evolução da implantação dentária: pleurodontes (unidos à superfície interna dos maxilares), acrodontes (unidos à superfície óssea dos maxilares tecodontes (implantados nos ossos - alvéolos).
A condição atual dos animais é: tecodonte, heterodonte e difiodonte.
  • Quanto ao crescimento após a erupção: braquiodonte (são dentes curtos e seu crescimento é interrompido após erupção) e hipsodonte (são dentes longos e seu crescimento  é contínuo ao longo da vida). Os equinos possuem os pré-molares, molares e incisivos hipsodontes. Os ruminantes possuem os pré-molares e molares. Já os suínos, possuem apenas os caninos com essa característica.
Nos mamíferos a arcada é divida em: incisivos, caninos, pré-molares e molares.



ANATOMIA DO DENTE
Os dentes de leite e os dentes permanentes são compostos de duas partes: coroa e raiz. Ao redor da coroa temos a gengiva e em volta da raiz o osso alveolar.

Os dentes são formados por quatro camadas: Esmalte, dentina, polpa e cemento. O esmalte é a  camada mais externa da superfície do dente. A dentina é a camada dentária  situada abaixo do esmalte. A polpa é o tecido mole situado no centro do dente, onde se encontram o nervo e os vasos sanguíneos. O cemento é o tecido mineralizado especializado que recobre a superfície da raiz.



ESTIMATIVA DA IDADE EM EQUINOS
A idade aproximada de um equino pode ser avaliada pelos dentes já que este é o indicador de maior precisão.

O atrito entre as arcadas superior e inferior provoca desgaste na mesa dentária (superfície do dente que entra em contato com a arcada oposta) e com o passar do tempo expõe as estruturas internas do dente. Esse desgaste pode ocorrer tambem devido a mecanismos de abrasão (desgaste resulta da ação de subs­tâncias abrasivas durante a mastigação) e mecanismos de erosão (desgaste resulta da ação química de certas substâncias). Estas modificações acontecem em idades bem definidas e provocam alterações na forma e desenho das estruturas que ficam expostas na mesa dentária. Essas alterações podem atrasar dependendo do manejo nutricional (tipo de alimento oferecido) que os animais forem submetidos durante sua vida. Exemplo: os animais criados em baia, com capim picado e ração farelada, mastigam menos os alimentos e portanto, tem menor desgaste dos dentes.




O crescimento e desenvolvimento dos dentes pode ser dividido nos seguintes períodos:

1º Período: Nascimento dos dentes de leite.
  • 7 dias        –          Nascimento das pinças.
  • 30 dias      –          Nascimento dos médios.
  • 6 meses     –          Nascimento dos cantos


 

2º Período: Rasamento dos dentes de leite. O infundíbulo vai sendo desgastado pelo desgaste e compressão dos dentes.
  • 1 ano          –         Rasamento das pinças.
  • 1,5 anos     –         Rasamento dos médios.
  • 2 anos        –         Rasamento dos cantos.


 

3º Período: Troca dos dentes de leite pelos permanentes.
  • 2,5 a 3 anos    –    Troca das pinças.
  • 3,5 a 4 anos    –    Troca dos médios.
  • 4,5 a 5 anos    –    Troca dos cantos.
  • 5 a 5,5 anos    –    Nascimento dos caninos nos machos



4º Período: Rasamento dos dentes definitivos (mesa dentária ovalada).
  • 6 anos        –         Rasamento das pinças.
  • 7 anos        –         Rasamento dos médios (presença da cauda de andorinha)
  • 8 anos        –         Rasamento dos cantos.




 5º Período: Nivelamento dos dentes definitivos (mesa dentária arredondada).
  • 9 anos         –        Nivelamento das pinças.
  • 10 anos       –        Nivelamento dos médios.
  • 11 a 12 anos –      Nivelamento dos cantos.




6º Período: Triangulação (mesa dentária em forma de triângulo equilátero).
  • 13 anos       –        Triangulação das pinças.
  • 14 anos       –        Triangulação dos médios.
  • 15 a 16 anos –      Triangulação dos cantos.



7º Período: Biangulação (mesa dentária em forma de triângulo isósceles).
  • 17 anos       –  Biangulação das pinças.
  • 18 anos       –  Biangulação dos médios.
  • 19 anos       –  Biangulação dos cantos




O desgaste das mesas dentárias dos cantos não é perfeita, deixando a região posterior das mesas dentárias dos cantos superiores sem oposição aos inferiores e, logo, sem desgaste, o que promove o aparecimento da cauda de andorinha. Em geral, a cauda de andorinha não aparece por volta dos 7 aos 10 anos. Depois volta a aparecer dos 14 aos 17 anos, e dos 21 aos 24 anos.
 


O sulco de Galvayne (sulco de coloração escura na face vestibular dos cantos superiores) aparece junto ao bordo gengival por volta dos 10 anos. Aos 15 anos atingiu a metade superior do dente, aos 20 anos o sulco se prolonga por toda a extenção do dente; aos 25 anos se apresenta na metade inferior, e por volta dos 30 anos esse sulco desaparece.  





Em consequência da forma dos dentes incisivos e do seu desgaste, a aparência do perfil de oclusão das arca­das altera-se com o avançar da idade, desde quase ver­tical até mais horizontal.








Abaixo um vídeo com uma breve representação prática da estimativa da idade equina:




domingo, 7 de abril de 2013

Aparelho Cardiovascular

Aparelho cardiovascular é o conjunto de órgãos que têm por função o transporte e a distribuição de substâncias essenciais ao metabolismo celular, assim como a remoção de catabólitos e a distribuição de produtos elaborados pelo próprio organismo, a serem utilizados em suas diferentes regiões.

Em Anatomia, angiologia é o estudo dos vasos sanguíneos e linfáticos, abrangendo ainda o estudo do coração, do baço e de outros órgãos linfáticos.

O coração é o órgão central da circulação e localiza-se na cavidade torácica, no mediastino médio. Apresenta um ligeiro desvio para a esquerda do plano sagital mediano, onde cerca de 3/5 do órgão se encontra, ficando entre a 3ª e a 6ª costela. Seu posicionamento varia entre as espécies, sendo vertical nos equinos e ruminantes, e horizontal nos carnívoros e suínos.







Encontra-se envolto por um saco seroso conhecido como pericárdio, que é constituído por duas lâminas: visceral e parietal. A lâmina visceral encontra-se aderida à parede do coração, e a lâmina parietal adquire um espesso revestimento fibroso externo que se funde com a adventícia dos grandes vasos dorsalmente e continua por um ligamento no ápice ventral do saco. Este usualmente se une ao esterno, formando o ligamento esternopericárdico (observado nos grandes ruminantes, equinos e suínos) ou ao diafragma, formando o ligamento frenicopericárdico (observado nos carnívoros e pequenos ruminantes).


Fonte: DYCE, K. M. et al. Tratado de Anatomia Veterinária. 2007.
 



ANATOMIA EXTERNA 
 A anatomia externa do coração consiste em duas faces, face esquerda ou auricular e face direita ou atrial. A esquerda é chamada assim por ser possível ver as aurículas dos átrios direito e esquerdo. Mais fácil de entender na figura:

Fonte: DYCE, K. M. et al. Tratado de Anatomia Veterinária. 2007.



Na face direita é possível ver as duas veias cavas, caudal e cranial, e o sulco interventricular direito (subsinuoso), onde passam artéria interventricular subsinuosa e veia cardíaca média. Na face esquerda está o sulco interventricular esquerdo (paraconal), onde passam artéria interventricular paraconal e veia cardíaca magna. Ainda externamente existe o sulco coronário, onde passam as artérias coronárias. O sulco coronário marca a separação (externamente) entre átrios e ventrículos. As veias cardíacas magna e média desembocam no óstio do seio coronário.

 ANATOMIA INTERNA
Passando pra anatomia interna, tem que se saber que o coração possui quatro câmaras: átrio esquerdo, átrio direito, ventrículo esquerdo e ventrículo direito. Entre os átrios e ventrículos existem valvas, a valva atrioventricular direita é tricúspide, porque é formada por 3 válvulas, a valva esquerda é bicúspide (e também chamada de mitral), composta apenas por 2 válvulas. A função de ambas as valvas é impedir o refluxo de sangue do ventrículo para o átrio. Controlando o movimento dessas valvas existem as cordas tendíneas, que se prendem nos músculos papilares. Existem também as valvas semilunares, a aórtica, que impede o refluxo de sangue da Aorta para o ventrículo esquerdo, e a pulmonar, que impede o refluxo de sangue do tronco pulmonar para o ventrículo direito.

Considerando o volume de sangue e a velocidade com que ele chega ao coração, existem os músculos pectíneos nas aurículas e nos ventrículos, com função de diminuir o turbilhonamento do sangue. Com função “parecida” com a dos músculos pectíneos, existe o tubérculo intervenoso, localizado entre o “encontro” das veias cavas, impedindo que o sangue da veia cava cranial entre na veia cava caudal e vice versa, e direcionando esse sangue para o átrio.
Fonte: Google







Separando os dois ventrículos existe o septo interventricular. E ainda, nos ventrículos, existe a trabécula septo-marginal, mais desenvolvida do ventrículo direito, ela tem função de ser um atalho para o impulso cardíaco. Falando em impulso cardíaco, o sistema de condução do ritmo cardíaco é bem simples, veja: O impulso sai do nó sinoatrial (localizado na crista terminal) e passa para a parede do átrio direito, passa pelo nó sinoatrial e vai para o outro átrio. Ao sair do nó sinoatrial também desce pelo septo interventricular, indo para os dois ventrículos. O ventrículo direito se contrai primeiro que o esquerdo, devido a presença da trabécula septo marginal bem desenvolvida.
Fonte: DYCE, K. M. et al. Tratado de Anatomia Veterinária. 2007. 
 

 CIRCULAÇÃO DO SANGUE 
O sangue chega ao átrio direito através das veias cavas (cranial e caudal), passa para o ventrículo direito por meio da valva tricúspide e sai do mesmo através da artéria pulmonar para os pulmões. Após a hematose (troca gasosa) sai dos pulmões pelas das veias pulmonares até o átrio esquerdo, passa para o ventrículo esquerdo pela valva bicúspide ou mitral e sai do mesmo pela Aorta para todo o corpo.


PEQUENA CIRCULAÇÃO OU CIRCULAÇÃO PULMONAR
 CORAÇÃO    PULMÕES  CORAÇÃO 

 VD ---- ARTÉRIAS PULMONARES ---- PULMÕES ---- VEIAS PULMONARES ---- AE 

GRANDE CIRCULAÇÃO OU CIRCULAÇÃO SISTÊMICA
   CORAÇÃO     CORPO     CORAÇÃO 

 VE ---- AORTA ---- CORPO ---- VEIAS CAVAS ---- AD

 AD=átrio direito VD=ventrículo direito AE=átrio esquerdo VE=ventrículo esquerdo

Fonte: http://vetarquivos.blogspot.com.br/search/label/Anatomia


 CIRCULAÇÃO NO FETO
Durante a vida fetal, a placenta reúne as funções que mais tarde são desempenhadas pelos pulmões, pelo trato digestivo e pelos rins. O sangue, portanto, é reabastecido com oxigênio, suprido com nutrientes e tem os resíduos removidos em sua circulação através da placenta.

A veia umbilical intra-abdominal, única, segue adiante para penetrar o fígado e vascularizá-lo. Após sua passagem pelo fígado e antes de prosseguir seu trajeto ao coração, a veia umbilical une-se à veia cava caudal ocorrendo mistura de sangue. Ao atingir o átrio direito, o sangue proveniente da veia cava caudal passa quase totalmente para o átrio esquerdo, através do forame oval, e o proveniente da veia cava cranial e pequena parte do sangue da veia cava caudal passam ao ventrículo direito. Do átrio esquerdo, o sangue atinge o ventrículo esquerdo e, por meio da aorta, é distribuído para todo o organismo. Porém, antes dessa distribuição, a aorta recebe sangue do tronco pulmonar, por meio de uma comunicação entre estes dois vasos, denominada ducto arterioso. Próximo da pelve, o sangue da aorta conflui para as artérias umbilicais, que o retornam à placenta para nova oxigenação.

Algumas estruturas funcionais da circulação fetal tornam-se vestigiais no adulto:


 A figura 1 ilustra esquematicamente a circulação fetal. E a figura 2 indica um feto de bezerro com algumas estruturas fetais.

Figura 1. Fonte: http://vetarquivos.blogspot.com.br/search/label/Anatomia




 Figura 2 A-Cordão umbilical(formado pela veia umbilical, as 2 artérias umbilicais e o úraco), B-úraco, C-artéria umbilical.